Você é feliz com o seu trabalho?

Sem dúvida, a escolha da profissão é uma fase difícil para qualquer um que já tenha completado maior idade, pois é o momento de fazer aquilo que se gosta e que se identifica. Essa decisão também traçará o seu futuro dali em diante, consequentemente requer concentração e muitos momentos para se pensar sobre o que está por vir.
Resolvemos entrevistar algumas pessoas sobre o assunto, para termos noção de como funciona cada trabalho e o que as pessoas acham de sua atuação na área.

Entrevistado: Claitson Gustavo Zanin.
Agrônomo na empresa Monsanto do Brasil (Chapecó), 35 anos.
Claitson Gustavo Zanin é formado em Agronomia com Mestrado em Produção Vegetal. Trabalha na Monsanto do Brasil, uma multinacional da área agrícola que desenvolve e vende produtos agrícolas (sementes de Soja e Milho e biotecnologia). “Eu acho que escolhi a profissão certa, sim, porque gosto e me realizo fazendo o que faço. Me sinto motivado todo dia quando acordo para trabalhar e com sentimento de dever cumprido sempre que chego em casa ou no hotel, após a jornada de trabalho”, diz ele. “Sou feliz vendo o resultado do meu trabalho se multiplicando nas lavouras de milho e soja em todo Brasil.” Acredita que houve influência na escolha! Talvez não diretamente, mas de forma indireta, pois a sua família veio da agricultura e, mesmo tendo nascido e crescido na cidade, sempre teve uma ligação muito forte com o campo (o que deve ter criado uma motivação para seguir esta área, de acordo com Claitson). Nos informou que a profissão de Engenheiro Agrônomo é muito dinâmica e abre um leque muito grande de possibilidades para se trabalhar em diferentes áreas (ensino, vendas, pesquisa, assistência, indústria, setor público, etc). Porém, a área na qual escolheu trabalhar é a da pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. “Faço campos experimentais em lavouras comerciais para avaliar novos híbridos de milho, variedades de soja e novas tecnologias para controle de pragas. Em meu serviço, como em qualquer outro, tem um monte de coisas boas e outras nem tão boas assim. O lado bom é ter que trabalhar diretamente ao ar livre. As ruins não são muitas, mas destacaria: trabalhar no sol quente, não poder sair de férias no verão e depender sempre das condições climáticas para o sucesso do meu trabalho.” Por ser uma profissão que envolve todo o país, acaba viajando bastante, conhecendo muitos lugares e pessoas diferentes, faz vários amigos e a cada dia tem uma nova atividade. Conclui afirmando que atuar na área agrícola é muito gratificante, pois além de ajudar os agricultores a produzirem mais e a preservar o ambiente, você sabe que o resultado final do seu trabalho serve para saciar a fome de milhões de pessoas.

Entrevistado: Cláudio Guimara.
Trabalha com consultoria na área comercial (vendas) . Formado em administração de empresas, pós-graduado em gestão impresarial e pós-graduado em gestão de varejo e vendas. 43 anos.
Possui uma empresa de consultoria  (Guimara Consultorias) e Global Marcas (que desenvolve marcas para terceiros).  Quanto ao fato de escolha de profissão, o entrevistado diz não ter sido por opção própria, e sim por necessidade: “Eu gostaria muito de ser administrador de empresas ou até mesmo diretor , mas o que eu faço não deixa de me fazer feliz e de ser um ótima profissão, também, pois  ser  administrador possibilita trabalhar em inúmeras empresas, tanto na atividade administrativa como em vendas e compras, na função de gerente e coordenador de equipe”, completa.
“Para ser honesto, há um tempo atrás eu não gostava de trabalhar na área, pois eu ainda estava crescendo nisso. Mas, de algum tempo para cá, eu aprendi a amar o que eu faço”. Também diz que possui coisas muito boas em ser consultor ,  “a parte boa é não ter um horário fixo, mas a parte ruim, é quando o contrato acaba e o ciclo inicia-se novamente”.
Entrevistado: Felipe Guimara.
Idade : 18 anos.
Cursando o curso de Engenharia Química.
“Sempre gostei muito de matemática, é uma coisa que eu me identifico desde pequeno. Acho interessante, também, dar tutorias para os calouros do curso e ir aprimorando meus conhecimentos. A família nunca influênciou muito na escolha, até porque é um caminho que eu mesmo vou seguir, mas sempre fui motivado pelos meus pais a fazer o que eu gosto.”  Felipe nunca se interessou por qualquer outra coisa fora da área da matemática, diz ser ‘a sua praia’. “Se eu gosto do curso? Ah , eu adoro, é demais! Apesar, é claro, de ter dificuldades em alguns momentos com aquela montoeira de contas, mas eu continuo gostando muito”, acrescenta.

Entrevistado: Giovana Guimara.
Idade: 45 anos.
Cursando o curso de Psicologia .
Tinha interesse em cursos  de Fisioterapia , mas por ser em período integral e ter filhos que ainda precisavam de auxílio, acabou optando por psicologia (também da área da saúde). “Não tive nenhuma influência da família na hora da escolha”, ele diz. “Eu gosto muito do curso, me traz novos conhecimentos sobre o comportamento do ser humano, e como ele lida com diferentes acontecimentos -seja nas diferentes fases da vida - ou enfrentando algum problema ou situação”, acrescenta.

Entrevistado: Guilherme Grapp Furlanetto.
Idade: 24 anos.
Professor de História do Colégio Salesiano Itajaí.
“Já tenho meu emprego e profissão definidos, mas minha família nunca influênciou na minha escolha. Adoro dar aulas e amo os meus alunos, conseguimos ter um laço maior do que simplesmente professor e estudante”, afirma.

Entrevistado: Janice Ramos Köche Demarchi.
Idade : 44 anos.
Enfermeira e nutricionista.
A entrevistada Janice Ramos Köche Demarchi, afirmou que "devemos fazer o que gostamos e não o que os outros desejam" . No momento que perguntamos se  ela obteve influências familiares, se foi uma boa escolha e se gosta de sua profissão,  ela nos respondeu diretamente: "Fiz uma ótima escolha pois era o que sempre tive vontade, algo que me deixa feliz. Mas não tive influência familiar em momento algum."

Entrevistado: Robinson Zanin.
Administrador e Ourives da empresa Zanin Joalheiros (São Miguel do Oeste), 40 anos.
O entrevistado Robinson nos contou que acredita ter escolhido a profissão certa, porque se sente satisfeito ao final de um dia de trabalho. Disse que, de certa forma , a família também contribuiu na sua escolha. Começou a trabalhar desde pequeno na empresa familiar, onde foi influenciado a fazer uma faculdade voltada a área (administração) e a continuar cuidando da empresa. “Apesar de ter alguns pontos negativos, como tudo na vida, eles são superados em muito pelos pontos positivos.” A Ourivesaria é a arte de trabalhar com metais preciosos (principalmente prata e ouro) na fabricação de jóias e ornamentos, onde requer muito trabalho e concentração para todos os detalhes e produtos serem concluídos com sucesso. Também afirma que se sente muito feliz e produtivo quando está atuando em sua joalheria e, além disso, não se vê fazendo outra coisa. “Administrar a nossa empresa me faz muito bem. Apesar dos desafios do dia a dia, me sinto ótimo! Vejo o trabalho como parte da minha vida. Além de ser o meio onde tiro meu sustento, o trabalho completa a minha vida.”


Entrevistada: Uliana Maria Zanin.
Graduada em Psicologia e Pós-Graduada em Gestão Estratégica de Pessoas. Inserida na área Organizacional desde 2010, atualmente, trabalha no RH de uma empresa multinacional americana na cidade de Curitiba-PR, como Supervisora da área de Recrutamento e Seleção.
Quando iniciamos a entrevista, perguntamos se Uliana escolheu a alternativa correta. Ela nos respondeu: "Ainda hoje, em alguns momentos, me pergunto se fiz a escolha certa... Imagine, então, aos 17/18 anos de idade, quando somos pressionados a saber o que queremos seguir. Nessa fase inicial da escolha profissional, não temos noção do mercado de trabalho e, portanto, outros pontos acabam influenciando, como a grade do curso, imagem que temos da profissão, um conhecido que nos serve de modelo e tantos outros motivos. Com o passar do tempo, alguns desses motivos vão se tornando irrelevantes e outros vão assumindo a posição de “influenciadores” e mantenedores da escolha. A minha ideia sobre a profissão de psicólogo foi se transformando, e a cada dia me convenço mais de que SIM, fiz a escolha certa... por tudo o que ela já me proporcionou de conhecimento e pelos resultados que obtenho dia-a-dia no meu trabalho, os quais são mais possíveis devido a formação na área". Quando a questionamos sobre a felicidade no emprego, ela diz se sente feliz com o que faz, pois é o meio organizacional é o qual ela sempre quis estar inserida. No entanto, diz ser um meio de grande estresse e com grandes demandas (o que impede o profissional de se dedicar a outras áreas da vida e, até mesmo, exercer a profissão de psicólogo em sua plenitude). "Desta forma, hoje tenho novos objetivos para a profissão, que é concluir a nova especialização que estou cursando para me inserir na área clínica. Continuarei atuando como psicóloga, porém, em outra área... não dentro de uma empresa, mas sim em uma clínica". Quando falamos sobre mudar de escolha, ela nega querer outra coisa. Porém, para quem não se sente alegre fazendo o seu trabalho, ela deixa a dica: “Nunca é tarde para mudar, e é preciso buscarmos aquilo que mais nos realiza, para que possamos estar motivados a dar o melhor de nós naquilo que fazemos, pois isso refletirá nas pessoas que utilizam nossos serviços”. Ela disse que leva isso como conselho, até por que sua família não influenciou na escolha da carreira: "Não me pressionaram de forma direta, pois meu pai nunca nos obrigou a seguir determinado curso, sempre apoiou nossas decisões em relação a escolha profissional. No entanto, acredito que, indiretamente, minha história de vida, e nela está inclusa a minha família, que me levou a optar pela Psicologia em meio a tantas possibilidades de profissões."


Entrevistada : Simone Abreu
Simone Abreu, 42 anos, é formada em pedagogia, mas trabalha como empresária . ‘’ É uma profissão muito boa, pois acabo tendo mais tempo para meus familiares e amigos’’, diz.
No momento em que lhe perguntamos se a família influênciou na sua escolha, se gosta do que faz e se foi uma boa escolha, ela nos respondeu: ‘’ Nunca tive influência dos meus familiares, mas sempre soube que eu deveria fazer algo do meu agrado. A profissão é ótima, e eu amo cada dia mais o meu trabalho’’.



Por: Anna Carolina, Eloá, Gabriela e Júlia Demarchi